Volume escoado em 2024 foi de 57,6 milhões de toneladas contra 36,7 milhões de toneladas em 2020. De acordo com documento da Conab, avanço é resultado de investimentos em infraestrutura multimodal

Volume escoado em 2024 foi de 57,6 milhões de toneladas contra 36,7 milhões de toneladas em 2020. De acordo com documento da Conab, avanço é resultado de investimentos em infraestrutura multimodal
A população baiana tem mais um motivo para comemorar. Quatro dias após o Ministério dos Transportes reassumir a gestão das BRs 324 e 116 na Bahia, o ministro Renan Filho assinou, nesta segunda-feira (19), a Ordem de Serviço para o início das obras do Contorno de Feira de Santana, na BR-324, o maior entroncamento rodoviário do Nordeste.
Com investimento de R$179,42 milhões, a intervenção, prevista no Novo PAC, está localizada em uma região estratégica, que conecta o litoral baiano ao interior do Nordeste, especialmente às regiões sul do Piauí e do Maranhão.
“Essa BR não corta uma fazenda ou só uma propriedade rural, ela corta uma das maiores cidades do Brasil, sendo uma de suas principais avenidas”, afirmou Renan. “Por isso, ela precisa levar em consideração, além da necessidade dos carros e dos caminhões, também a necessidade das pessoas, dos pedestres, de quem mora em todos os lados”, complementou.
A obra é fundamental para a mobilidade dos 14 mil motoristas que circulam todos os dias pelo entroncamento da BR-324 com a BR-116, um dos principais corredores logísticos do estado. Géssica Bastos, auxiliar administrativa na região, é uma das pessoas que sofre a influência das condições da via para seu deslocamento até o trabalho. Ela relata como a falta de duplicação no principal acesso ao seu bairro dificulta a rotina.
“Eu poderia sair de casa um pouco mais tarde, ao invés de ter que sair mais cedo para conseguir chegar no horário do trabalho”, contou.
O novo contorno terá 7,2 quilômetros de extensão e incluirá a duplicação do trecho principal, implantação de pistas marginais nos dois sentidos, além da construção de quatro passarelas e três viadutos. Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, é um polo industrial importante e responde por uma parcela importante do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ressalta que o novo contorno viário assume papel estratégico ao facilitar o escoamento da produção, impulsionar a logística regional e fortalecer a integração entre centros comerciais, industriais e rodoviários. “Esta obra é o sonho dessa cidade, é um desejo de décadas. Aqui é o trecho de maior movimento do norte e nordeste do Brasil”, explicou.
O comerciante Natalino de Souza está otimista de que as melhorias na infraestrutura da estrada trarão ainda mais visitantes para o seu negócio.
A visita do ministro Renan Filho à região, apenas quatro dias após a saída da concessionária ViaBahia, marca o compromisso da pasta com a infraestrutura da região. Desde que reassumiu a operação das BRs 324 e 116/BA, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já iniciou os trabalhos de recuperação em 646 quilômetros de rodovias.
“Quem é de Feira de Santana sabe o que a ViaBahia causou de transtorno ao povo daqui. Nós vamos assumir a pista e ao invés dos R$40 milhões de reais que eles (ViaBahia) colocaram, nesse ano que o Governo vai administrar, vamos aplicar R$500 milhões de reais na manutenção da BR 324 e da BR 116, enquanto faz uma nova concessão”, destacou o ministro.
Até o fim do ano, quando está previsto um novo leilão de concessão, não haverá cobrança de pedágio. O foco será garantir segurança, trafegabilidade e boas condições de uso para os motoristas. Foram firmados nove contratos emergenciais, no valor total de R$ 273,7 milhões, voltados à manutenção, operação e supervisão dos trechos. As ações incluem a recuperação do asfalto, atendimento médico de urgência, remoção de veículos, além de disponibilização de ambulâncias e guinchos.
Edivelton Moura, caminhoneiro que trafega diariamente pelas rodovias, destaca os impactos da má qualidade da estrada em seu trabalho. Segundo ele, os serviços de melhoria executados pela União vão proporcionar mais segurança para o transporte de cargas.
Paralelamente, está em andamento o processo licitatório dos contratos de manutenção regular, com previsão de investimentos de R$ 477 milhões. As obras, como reconstrução de pontos críticos e manutenção de dispositivos de drenagem, devem começar no segundo semestre.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, acredita que as novas ações de infraestrutura do Governo Federal vão trazer mais dignidade e qualidade de vida para à população. “Nós não podíamos continuar sendo tratados dessa forma. A Bahia merece respeito. Os baianos merecem respeito”, relatou.
Depois de anos de sofrimento com os serviços prestados pela concessionária ViaBahia, a população baiana finalmente já dirige mais aliviada. Outro motorista que passa frequentemente pelas BRs 324 e 116 é Gerson Felipe Júnior. Para o caminhoneiro, as melhorias nas condições das rodovias vão ajudar a reduzir os custos do frete e aumentar a demanda para novos mercados.
Há menos de um mês, o Ministério dos Transportes anunciou o pagamento de R$231 milhões para que a ViaBahia deixasse a administração das BRs 324/116/BA. O montante corresponde à primeira parcela do acordo de R$681 milhões de indenização à concessionária. As demais serão quitadas em junho deste ano e no início de 2026.
O valor pago é um ajuste financeiro como compensação por investimentos não amortizados e bens não depreciados. O acordo foi mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que encerrou todos os processos administrativos, judiciais e arbitrais atualmente em andamento entre a ViaBahia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Assumindo mais um importante compromisso com o povo baiano, o ministro Renan Filho autorizou o início das obras de restauração, melhorias e duplicação da rodovia BR-101/BA. As intervenções abrangem o trecho que vai da divisa entre Sergipe e Bahia até a divisa entre Bahia e Espírito Santo, com extensão total de 83,58 quilômetros. O projeto, que será executado pelo Consórcio SVC/TOP/PaviService/EGTC, prevê investimentos de R$293,4 milhões.
O contrato tem validade de 1.460 dias, período durante o qual serão realizadas obras de arte especiais e outras intervenções de infraestrutura. A iniciativa visa ampliar a capacidade da BR-101, melhorar a segurança viária e impulsionar o desenvolvimento econômico da região.
Foto: Tiago Tarelli/MT
A PEC da Infraestrutura visa aumentar investimentos, especialmente em áreas carentes, e pode estimular a eficiência logística e a competitividade no setor de transportes
Em entrevista a emissoras de rádio, durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC, Renan Filho avaliou que é preciso retirar ferrovias de dentro das cidades brasileiras e de áreas centrais do país
O setor privado segue otimista quanto aos investimentos em infraestrutura no Brasil, conforme revelam os números da 12ª edição do Barômetro da Infraestrutura, produzido pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). De acordo com os dados publicados semestralmente, os impasses na economia brasileira ainda não desanimaram o mercado, avalia Gustavo Gusmão, diretor-executivo da EY, responsável pelo estudo.
“Acho que isso reflete a resiliência do setor, apesar das más notícias sobre a economia”, comentou Gusmão. Para ele, o ritmo de anúncios de projetos e investimentos ainda não foi significativamente impactado pela alta da taxa básica de juros, atualmente em 12,25%.
No entanto, ele alerta: “acreditamos que o setor pode começar a manifestar pessimismo e entrar em uma trajetória de incerteza. Hoje, essa é uma preocupação significativa”.
A preocupação ganha relevância no contexto das projeções para o Banco Central. O primeiro boletim Focus de 2025, publicado após a posse de Gabriel Galípolo na presidência da instituição, projeta que o ano pode terminar com a taxa básica de juros em 15%, com uma alta prevista para março. Esse cenário levanta um impasse em relação às expectativas do mercado, gerando incerteza sobre o impacto das políticas monetárias na confiança dos investidores.
Apesar disso, para os próximos seis meses, a percepção sobre o cenário para investimentos em infraestrutura segue positiva, com 52,9% dos entrevistados acreditando em condições favoráveis, um índice semelhante ao da edição anterior da pesquisa. “Esse resultado está acima da média histórica do Barômetro, que é de 40,66%”, destaca Gusmão.
Saneamento básico, energia elétrica, rodovias e ferrovias estão ganhando espaço nos investimentos da infraestrutura, foi o que apontou a pesquisa. “Nos últimos tempos, o setor voltou a ganhar prioridade nas intenções de investimento, algo que não acontecia há algum tempo. Essa mudança de percepção está muito alinhada com os princípios da agenda de políticas públicas para o setor de infraestrutura”, afirmou Gusmão.
Na visão dos entrevistados para a pesquisa, espera-se um pipeline de projetos muito grande para os anos de 2025 e 2026 no setor de infraestrutura. “Esse novo mercado que está se formando tem uma pegada mais social, o que começa a atrair o mercado de investidores de uma forma inédita na história do país”, completou.
A pesquisa mostra ceticismo e desconfiança dos investidores com o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal. Para 62,83% dos entrevistados, o andamento do PAC não atende às expectativas, enquanto 30,38% acreditam que o programa atendeu parcialmente. Apenas 2,36% dos entrevistados acreditam que o referido programa atendeu plenamente às expectativas.
Para Gustavo Gusmão, a causa principal é a falta de alinhamento entre o governo federal e os estados e municípios. “Há ainda uma grande falta de capacidade para estruturar projetos que estejam efetivamente alinhados a uma estratégia de desenvolvimento econômico e social. Nesse sentido, percebe-se a ausência de uma atuação mais assertiva do governo para orientar esse processo. Esse desalinhamento, portanto, parece ser a principal causa das dificuldades, e o mercado claramente reconhece isso”, declarou.
Na visão do mercado, o Novo PAC não é tão chamativo como nas versões anteriores. “O governo não tem mostrado capacidade de preparar e executar esses projetos de maneira adequada e com a velocidade necessária. Mesmo que o PAC agora conte também com investimentos privados, e não seja mais voltado apenas para emergências públicas, ainda estamos vendo mais do mesmo em relação à condução do programa”, disse Gusmão.
Para o mercado, o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) tem mostrado mais eficiência e se tornado mais atrativo para os investimentos. “Hoje, o PPI está em uma trajetória muito mais consolidada, entregando resultados significativos, com investimentos sendo realizados por meio de PPPs [Parcerias Público-Privadas] e concessões, e com um processo bem disseminado e controlado. No entanto, o novo PAC não tem conseguido imprimir o mesmo ritmo e eficiência. A frustração com os resultados do PAC parece estar relacionada a isso: ele foi lançado com grandes expectativas, mas ainda não conseguiu alcançar a mesma consistência que o PPI”, afirmou.
Até o momento, o Novo PAC ainda está em andamento e não possui um número final de obras entregues, pois os projetos continuam em execução.
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