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Governo quer leiloar R$ 106,42 bi em concessões de transportes em 2025

Especialistas acreditam que alta de juros e cenário macroeconômico podem forçar revisão de taxa de retorno de projetos
Publicado em 07/01/2025
Governo quer leiloar R$ 106,42 bi em concessões de transportes em 2025

O governo federal pretende realizar pelo menos 87 concessões no setor de infraestrutura de transportes ao longo de 2025, projetos que somam R$ 106,42 bilhões em investimentos. A maior parte desses recursos está concentrada nas repactuações de contratos antigos, acordos que estão sendo renegociados entre as empresas e o governo.

O setor rodoviário deve ser, novamente, aquele que concentrará a maior parte dos recursos. São esperadas, pelo Ministério dos Transportes, sete repactuações de concessões de estradas federais, acordos que estão em análise no TCU (Tribunal de Contas da União). Essas sete repactuações, se confirmadas, somam R$ 60,32 bilhões de investimentos em rodovias.

Já a oferta de novos trechos rodoviários envolve oito estradas que ainda são geridas pelo governo federal e que deverão ser repassadas à iniciativa privada. Ao todo, essa carteira soma R$ 34,16 bilhões.

No MPor (Ministério de Portos e Aeroportos), a meta é fazer 21 concessões de terminais portuários neste ano, com previsão de R$ 8,54 bilhões de investimentos. Em relação aos aeroportos, a pasta pretende conceder 51 terminais de pequeno porte às concessionárias que já controlam os maiores aeroportos do país, oferecendo prazo de concessão ou redução de valores atuais das outorgas que possuem. Neste caso, são mais R$ 3,4 bilhões previstos.

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Entre todos os modais, o setor ferroviário é aquele que inicia 2025 mais atrasado. As repactuações negociadas com as atuais concessionárias do setor estão em andamento, mas não na velocidade que se imaginava, o que tem atrasado o anúncio de novos trechos e ofertas. O ministro dos Transportes, Renan Filho, diz que haverá leilões de ferrovias neste novo ano, embora ainda não haja uma agenda específica para que isso ocorra.

“Na área de rodovias, a gente espera fazer 15 concessões, entre leilões novos e repactuações. Na verdade, a repactuação é também um leilão, porque a obra está parada e nunca foi resolvida. Ao resolver problemas do passado, estamos dando solução ao que virou problema em outros governos. Além disso, antes de assinar com a concessionária, a proposta é oferecida ao mercado. Então, essa solução pode ser ainda mais relevante do que fazer leilão de novos trechos”, disse Renan Filho.

Confira a reportagem completa na Folha de São Paulo.