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SC: investimentos em infraestrutura aumentam 315%, mas 72% das obras estão comprometidas em SC, alerta FIESC
Apesar do aumento significativo nas verbas para infraestrutura, 72% das obras seguem com andamento comprometido, revelando a necessidade urgente de uma abordagem mais ampla e eficaz para atender às demandas reais do estado. O alerta vem da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, que destacou que, embora o montante liberado tenha crescido, ele continua muito aquém das necessidades de Santa Catarina, o que pode impactar diretamente o desempenho econômico estadual.
Santa Catarina segue como um dos estados mais competitivos do Brasil, destacando-se em rankings de qualidade de vida, segurança pública e desenvolvimento econômico. Em 2024, o estado foi classificado como o mais seguro do país, com cidades como Florianópolis, Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque liderando entre as mais seguras. Esses resultados são fruto da resiliência do setor produtivo catarinense — composto pela indústria, agricultura, serviços e os trabalhadores e trabalhadoras — que mantém a economia do estado em alta, apesar de grandes desafios estruturais.
Com um aumento significativo nos investimentos federais para infraestrutura de transporte no atual Governo Federal, Santa Catarina verá em 2024 R$ 1,1 bilhão destinados a obras importantes, como a duplicação da BR-470 e a construção do contorno rodoviário de Araranguá. Esse valor representa um crescimento de 315% em relação a 2022, quando foram investidos apenas R$ 264 milhões. Ainda assim, a reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC destacou que os gargalos em portos e rodovias, como a falta de dragagem no Porto de Itajaí, continuam comprometendo a eficiência logística e aumentando os custos para as empresas.
Obras paralisadas e necessidades não atendidas
Durante a reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, destacou que 72% das obras monitoradas pela federação estão com o andamento comprometido. Ele explicou que muitas dessas obras estão com prazos vencidos ou próximos de paralisação, sendo que 41% já estão oficialmente paralisadas. Martorano ainda ressaltou que a média anual de execução orçamentária de R$ 580 milhões é insuficiente, representando apenas 15% da demanda real de infraestrutura de Santa Catarina.
Mesmo com um aumento de recursos em 2024, totalizando R$ 1,165 bilhão, a situação permanece crítica, o que pode comprometer o desenvolvimento econômico do estado. Esse alerta reflete a urgência em avançar com essas obras, que incluem rodovias, ferrovias e saneamento, essenciais para a competitividade logística de Santa Catarina. Salientando que a situação das obras de infraestrutura é crítica, especialmente no que diz respeito às rodovias, mas também nas obras de mitigação de enchentes.
Contraste de gestões: cortes e aumento de investimentos
O contraste entre o aumento recente de investimentos e os cortes sofridos durante o governo Bolsonaro é evidente. Em 2021, o estado sofreu um corte de R$ 40 milhões nas verbas destinadas à infraestrutura rodoviária, comprometendo projetos essenciais para a melhoria das rodovias. No final de 2022, mais R$ 31 milhões foram cortados, afetando principalmente as duplicações das BR-470 e BR-280, além de melhorias nas BR-282 e BR-285.
A disparidade nas prioridades entre o governo anterior e o atual em Santa Catarina é clara. Durante o governo de Jair Bolsonaro, apesar de ser amplamente ovacionado e priorizado por grande parte da população catarinense, que se posicionou majoritariamente a seu favor, o estado sofreu cortes significativos nas verbas destinadas à infraestrutura. Em 2021, Santa Catarina teve um corte de R$ 40 milhões nas verbas para as rodovias, e em 2022, outros R$ 31 milhões foram retirados, prejudicando diretamente obras essenciais, como as duplicações das BR-470 e BR-280.
Por outro lado, o governo atual, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem contar com a maioria popular no estado, priorizou Santa Catarina de maneira significativa. Em 2024, os investimentos federais no estado aumentaram em 315%, totalizando R$ 1,1 bilhão, um esforço notável para melhorar a infraestrutura, incluindo grandes projetos de rodovias e portos.
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Essa diferença entre a gestão passada, que mesmo com apoio popular cortou investimentos, e a atual, que apesar da falta de apoio maciço está injetando mais recursos, escancara a importância de uma governança que priorize ações concretas, mais do que afiliações partidárias. O desenvolvimento de Santa Catarina depende de políticas consistentes e de longo prazo, independente de quem está no poder.
Na reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, foram levantados diversos problemas relacionados à infraestrutura de Santa Catarina. Abaixo estão os principais pontos discutidos:
- Rodovias Críticas: As obras nas principais rodovias federais (BR-470, BR-280, BR-282) estão com andamento comprometido ou paralisadas, impactando diretamente a logística no estado.
- Andamento Comprometido: 72% das obras monitoradas pela FIESC estão com prazos comprometidos, sendo que algumas delas possuem indícios de paralisação.
- Obras de Mitigação de Enchentes: Quase 98% das obras relacionadas à mitigação e contenção de enchentes estão paralisadas, agravando os problemas em regiões sujeitas a inundações, como o Vale do Itajaí.
- Orçamento Subdimensionado: O valor orçamentário anual para execução das obras é baixo, com apenas 20 a 30% da demanda real sendo atendida, o que tem causado atrasos significativos na conclusão das obras.
- Portos: Os portos de Santa Catarina, como Itajaí e Navegantes, enfrentam problemas graves de infraestrutura, incluindo atrasos na dragagem e na melhoria dos acessos rodoviários, impactando a eficiência logística.
- Logística Portuária e Acessos: Os acessos rodoviários aos portos, cruciais para a exportação, apresentam gargalos.
- A situação de Navegantes, com obras em andamento, tem gerado tempos de espera de até 9 dias para atracação de navios de longo curso.
- Investimentos Insuficientes: Embora haja investimentos anunciados, como os R$ 2,9 bilhões no programa Estrada Boa, apenas 40% das obras estão em andamento razoável.
Esses pontos refletem as dificuldades de infraestrutura enfrentadas por Santa Catarina, que afetam diretamente o desempenho logístico e industrial da região.
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