Balanço de ações e estratégia para os próximos meses foram apresentadas pelo ministro Silvio Costa Filho para jornalistas nesta quinta-feira (16)

Balanço de ações e estratégia para os próximos meses foram apresentadas pelo ministro Silvio Costa Filho para jornalistas nesta quinta-feira (16)
O setor privado segue otimista quanto aos investimentos em infraestrutura no Brasil, conforme revelam os números da 12ª edição do Barômetro da Infraestrutura, produzido pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). De acordo com os dados publicados semestralmente, os impasses na economia brasileira ainda não desanimaram o mercado, avalia Gustavo Gusmão, diretor-executivo da EY, responsável pelo estudo.
“Acho que isso reflete a resiliência do setor, apesar das más notícias sobre a economia”, comentou Gusmão. Para ele, o ritmo de anúncios de projetos e investimentos ainda não foi significativamente impactado pela alta da taxa básica de juros, atualmente em 12,25%.
No entanto, ele alerta: “acreditamos que o setor pode começar a manifestar pessimismo e entrar em uma trajetória de incerteza. Hoje, essa é uma preocupação significativa”.
A preocupação ganha relevância no contexto das projeções para o Banco Central. O primeiro boletim Focus de 2025, publicado após a posse de Gabriel Galípolo na presidência da instituição, projeta que o ano pode terminar com a taxa básica de juros em 15%, com uma alta prevista para março. Esse cenário levanta um impasse em relação às expectativas do mercado, gerando incerteza sobre o impacto das políticas monetárias na confiança dos investidores.
Apesar disso, para os próximos seis meses, a percepção sobre o cenário para investimentos em infraestrutura segue positiva, com 52,9% dos entrevistados acreditando em condições favoráveis, um índice semelhante ao da edição anterior da pesquisa. “Esse resultado está acima da média histórica do Barômetro, que é de 40,66%”, destaca Gusmão.
Saneamento básico, energia elétrica, rodovias e ferrovias estão ganhando espaço nos investimentos da infraestrutura, foi o que apontou a pesquisa. “Nos últimos tempos, o setor voltou a ganhar prioridade nas intenções de investimento, algo que não acontecia há algum tempo. Essa mudança de percepção está muito alinhada com os princípios da agenda de políticas públicas para o setor de infraestrutura”, afirmou Gusmão.
Na visão dos entrevistados para a pesquisa, espera-se um pipeline de projetos muito grande para os anos de 2025 e 2026 no setor de infraestrutura. “Esse novo mercado que está se formando tem uma pegada mais social, o que começa a atrair o mercado de investidores de uma forma inédita na história do país”, completou.
A pesquisa mostra ceticismo e desconfiança dos investidores com o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal. Para 62,83% dos entrevistados, o andamento do PAC não atende às expectativas, enquanto 30,38% acreditam que o programa atendeu parcialmente. Apenas 2,36% dos entrevistados acreditam que o referido programa atendeu plenamente às expectativas.
Para Gustavo Gusmão, a causa principal é a falta de alinhamento entre o governo federal e os estados e municípios. “Há ainda uma grande falta de capacidade para estruturar projetos que estejam efetivamente alinhados a uma estratégia de desenvolvimento econômico e social. Nesse sentido, percebe-se a ausência de uma atuação mais assertiva do governo para orientar esse processo. Esse desalinhamento, portanto, parece ser a principal causa das dificuldades, e o mercado claramente reconhece isso”, declarou.
Na visão do mercado, o Novo PAC não é tão chamativo como nas versões anteriores. “O governo não tem mostrado capacidade de preparar e executar esses projetos de maneira adequada e com a velocidade necessária. Mesmo que o PAC agora conte também com investimentos privados, e não seja mais voltado apenas para emergências públicas, ainda estamos vendo mais do mesmo em relação à condução do programa”, disse Gusmão.
Para o mercado, o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) tem mostrado mais eficiência e se tornado mais atrativo para os investimentos. “Hoje, o PPI está em uma trajetória muito mais consolidada, entregando resultados significativos, com investimentos sendo realizados por meio de PPPs [Parcerias Público-Privadas] e concessões, e com um processo bem disseminado e controlado. No entanto, o novo PAC não tem conseguido imprimir o mesmo ritmo e eficiência. A frustração com os resultados do PAC parece estar relacionada a isso: ele foi lançado com grandes expectativas, mas ainda não conseguiu alcançar a mesma consistência que o PPI”, afirmou.
Até o momento, o Novo PAC ainda está em andamento e não possui um número final de obras entregues, pois os projetos continuam em execução.
Ampliação da sala de embarque remoto, para acesso a ônibus que levam aos aviões, teve início neste mês; construção do novo terminal deve começar em janeiro
Apesar do aumento significativo nas verbas para infraestrutura, 72% das obras seguem com andamento comprometido, revelando a necessidade urgente de uma abordagem mais ampla e eficaz para atender às demandas reais do estado. O alerta vem da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, que destacou que, embora o montante liberado tenha crescido, ele continua muito aquém das necessidades de Santa Catarina, o que pode impactar diretamente o desempenho econômico estadual.
Santa Catarina segue como um dos estados mais competitivos do Brasil, destacando-se em rankings de qualidade de vida, segurança pública e desenvolvimento econômico. Em 2024, o estado foi classificado como o mais seguro do país, com cidades como Florianópolis, Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque liderando entre as mais seguras. Esses resultados são fruto da resiliência do setor produtivo catarinense — composto pela indústria, agricultura, serviços e os trabalhadores e trabalhadoras — que mantém a economia do estado em alta, apesar de grandes desafios estruturais.
Com um aumento significativo nos investimentos federais para infraestrutura de transporte no atual Governo Federal, Santa Catarina verá em 2024 R$ 1,1 bilhão destinados a obras importantes, como a duplicação da BR-470 e a construção do contorno rodoviário de Araranguá. Esse valor representa um crescimento de 315% em relação a 2022, quando foram investidos apenas R$ 264 milhões. Ainda assim, a reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC destacou que os gargalos em portos e rodovias, como a falta de dragagem no Porto de Itajaí, continuam comprometendo a eficiência logística e aumentando os custos para as empresas.
Durante a reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, destacou que 72% das obras monitoradas pela federação estão com o andamento comprometido. Ele explicou que muitas dessas obras estão com prazos vencidos ou próximos de paralisação, sendo que 41% já estão oficialmente paralisadas. Martorano ainda ressaltou que a média anual de execução orçamentária de R$ 580 milhões é insuficiente, representando apenas 15% da demanda real de infraestrutura de Santa Catarina.
Mesmo com um aumento de recursos em 2024, totalizando R$ 1,165 bilhão, a situação permanece crítica, o que pode comprometer o desenvolvimento econômico do estado. Esse alerta reflete a urgência em avançar com essas obras, que incluem rodovias, ferrovias e saneamento, essenciais para a competitividade logística de Santa Catarina. Salientando que a situação das obras de infraestrutura é crítica, especialmente no que diz respeito às rodovias, mas também nas obras de mitigação de enchentes.
O contraste entre o aumento recente de investimentos e os cortes sofridos durante o governo Bolsonaro é evidente. Em 2021, o estado sofreu um corte de R$ 40 milhões nas verbas destinadas à infraestrutura rodoviária, comprometendo projetos essenciais para a melhoria das rodovias. No final de 2022, mais R$ 31 milhões foram cortados, afetando principalmente as duplicações das BR-470 e BR-280, além de melhorias nas BR-282 e BR-285.
A disparidade nas prioridades entre o governo anterior e o atual em Santa Catarina é clara. Durante o governo de Jair Bolsonaro, apesar de ser amplamente ovacionado e priorizado por grande parte da população catarinense, que se posicionou majoritariamente a seu favor, o estado sofreu cortes significativos nas verbas destinadas à infraestrutura. Em 2021, Santa Catarina teve um corte de R$ 40 milhões nas verbas para as rodovias, e em 2022, outros R$ 31 milhões foram retirados, prejudicando diretamente obras essenciais, como as duplicações das BR-470 e BR-280.
Por outro lado, o governo atual, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem contar com a maioria popular no estado, priorizou Santa Catarina de maneira significativa. Em 2024, os investimentos federais no estado aumentaram em 315%, totalizando R$ 1,1 bilhão, um esforço notável para melhorar a infraestrutura, incluindo grandes projetos de rodovias e portos.
Essa diferença entre a gestão passada, que mesmo com apoio popular cortou investimentos, e a atual, que apesar da falta de apoio maciço está injetando mais recursos, escancara a importância de uma governança que priorize ações concretas, mais do que afiliações partidárias. O desenvolvimento de Santa Catarina depende de políticas consistentes e de longo prazo, independente de quem está no poder.
Na reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, foram levantados diversos problemas relacionados à infraestrutura de Santa Catarina. Abaixo estão os principais pontos discutidos:
Esses pontos refletem as dificuldades de infraestrutura enfrentadas por Santa Catarina, que afetam diretamente o desempenho logístico e industrial da região.
Trecho da rodovia, que recebeu de recapeamento a nova sinalização, também conecta os estados do Acre e o Amazonas
Para o presidente da Agência, Jorge Viana, e o ministro Renan Filho, os recursos privados estrangeiros podem alavancar o setor, reduzir custos com logística e melhorar competitividade dos produtos brasileiros
Em 2023, primeiro ano do governo Lula, foram R$ 14,44 bilhões nas estradas e ferrovias brasileiras. Retomada do investimento teve o impacto fundamental do Novo PAC
Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), país investiu R$ 213,4 bilhões em transportes, logística, energia, telecomunicações e saneamento, em 2023. Montante, no entanto, precisa ser dobrado para atender demanda
De acordo com análise divulgada pela Exame, a infraestrutura brasileira precisaria de mais de R$ 200 bilhões em investimentos além do previsto todos os anos para atingir um ponto de modernização
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