Ônibus circula na cidade – Divulgação / Prefeitura do Rio
O BRT, que saltou de 120 mil passageiros diários, em 2021, para uma média de mais de 590 mil, por dia — com pico de 611 mil atingido no último dia 13 de novembro —, foi apontado pela secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, como exemplo de que um sistema de transporte eficiente e de qualidade pode trazer usuários de volta, mesmo num cenário em que todos os outros modais perderam público. A avaliação foi feita durante a abertura do seminário “O Rio do Futuro”, na Câmara Municipal do Rio.
— Quando oferece transporte público de qualidade, as pessoas migram. Ao assumirmos, o BRT estava condenado, e a gente mostrou que tinha jeito. É o que propomos fazer com todas as linhas da cidade — disse a secretária, referindo-se à licitação para substituir os consórcios que atualmente operam os ônibus municipais, prevista para janeiro.
O seminário “O Rio do Futuro”, em sua terceira edição, é uma realização da Editora Globo e do Sistema Globo de Rádio, com apoio da Câmara Municipal. A mediação ficou por conta da jornalista Livia Torres, que anteontem e ontem recebeu gestores do município, parlamentares e especialistas para debater a mobilidade como caminho para o desenvolvimento da cidade, o papel do transporte público na revitalização do Rio, o transporte inteligente e como o acesso à autonomia pode fazer diferença na vida real dos passageiros.
Integração entre modais
Um dos assuntos mais discutidos nos dois dias foi a necessidade de integração, tanto entre os modais como a tarifária. O vereador Pedro Duarte (Novo), que participou do segundo dia, defendeu a criação de uma autoridade metropolitana para consolidar a integração com outras cidades. A necessidade da adoção de um mesmo bilhete e uma mesma tarifa para todos os meios de transporte também fez parte das discussões.
Na véspera, ao responder sobre em que ponto a cidade está em relação à integração entre os modais, a secretária de Transportes havia citado como bom exemplo o Terminal Intermodal Gentileza, que conecta as linhas de ônibus, do BRT Transbrasil e do VLT num mesmo espaço. Citou ainda a transformação em terminais de algumas estações do Transoeste, como Pingo D’água , Curral Falso e Mato Alto, que faz essa conexão com as bicicletas ao oferecer 600 vagas de bicicletário. Ela, no entanto, admitiu que ainda há espaço para avanços, inclusive em direção a integração com municípios da Baixada e da Região Metropolitana.
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