O índice ABCR referente a junho de 2025 apresentou queda de 0,2% na comparação dessazonalizada com maio. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria.
Mantida a comparação dessazonalizada, o resultado refletiu a queda de 0,2% nos veículos leves e nos pesados.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 0,9%, devido ao crescimento de 1,2% nos leves e à estabilidade dos pesados (-0,1%)
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,7%, fruto do aumento de 2,6% de veículos leves e 3,1% de pesados.
“O fluxo de veículos leves apresentou uma leve queda. Após certa volatilidade recente na margem, o índice mostra sinais de acomodação nos últimos dois meses, mantendo-se em um patamar historicamente elevado. Do ponto de vista macroeconômico, a retomada do dinamismo no mercado de trabalho, evidenciada pelo aumento da massa de renda e do nível de ocupação, permanece como o principal fator de sustentação do consumo das famílias voltado a viagens de lazer, além de impulsionar as viagens a trabalho. Em contrapartida, o avanço das pressões inflacionárias e as condições financeiras mais restritivas, especialmente no crédito, comprometem o orçamento das famílias e limitam a expansão do fluxo de veículos leves”, comentam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
“O fluxo de veículos pesados também registrou leve recuo na série dessazonalizada, sua segunda queda consecutiva após uma sequência de alta no início do ano. A acomodação do indicador sugere um esgotamento parcial do impulso, tanto direto quanto indireto, associado ao escoamento da expressiva safra de grãos, além de indicar uma desaceleração na demanda por bens de consumo, devido às condições restritivas de financiamento. Ainda assim, a resiliência do mercado de trabalho deve continuar oferecendo algum suporte aos setores demandantes de fretes logísticos no curto prazo”, pontuam.
No Rio de Janeiro, o fluxo total teve alta 0,3% comparado a maio na série dessazonalizada. O resultado decorreu do aumento de 0,8% de leves, que compensou a queda de 0,9% de pesados.
Na comparação com junho de 2024, o índice total registrou alta de 1,7%. O resultado foi determinado pela alta de 1,8% de leves e 1,5% de pesados, mantida a comparação interanual.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,5%, fruto do aumento de 2,0% de veículos leves e 4,9% de pesados.
Em São Paulo, o fluxo pedagiado total de veículos recuou 0,2% em junho na série livre de efeitos sazonais. Mantida a métrica de avaliação, o segmento de leves se manteve estável (0,0%), enquanto pesados apresentou queda de 0,6%.
Em relação ao mesmo período de 2024, o índice total aumentou 0,2%. O fluxo pedagiado de veículos leves cresceu em 0,5% e veículos pesados caiu 0,8%.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,1%, fruto do aumento de 1,9% de veículos leves e 2,8% de pesados.