Movimento de contêineres em terminal da Santos Brasil, o que mais movimenta hoje em dia no porto santista – Eduardo Anizelli – 07.out.21/Folhapress
Como antecipou a Folha, pelo menos dez empresas manifestaram interesse ao governo federal de participar do leilão do Tecon 10, no porto de Santos.
Se isso acontecer, será um ponto fora da curva. Desde a criação da PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), em 2016, nenhuma concessão portuária no país teve mais de quatro ofertas. E este número foi atingido apenas duas vezes vezes em 69 certames realizados.
O edital deve ser divulgado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) até o final de outubro. A expectativa é que o leilão aconteça ainda neste ano.
No histórico do PPI, no que se refere a áreas portuárias, dois terminais de granéis líquidos no porto de Belém (BEL02B e BEL04), tiveram quatro interessados.
São casos isolados. A regra é que apenas uma empresa ou consórcio apresente proposta, o que aconteceu 34 vezes (49,3% dos leilões), conforme dados disponíveis no site ppi.gov.br. Foram nove concessões (13%) em que não houve nenhuma oferta.
Os interessados no Tecon 10 entraram em contato com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) ou tiveram reuniões com o diretor-geral Caio Farias. Manifestaram a disposição, mesmo que de maneira verbal, ou pediram mais informações daquele que deverá ser o maior leilão portuário da história brasileira.
O Tecon 10 será instalado em uma área no bairro do Saboó, em Santos, de 622 mil metros quadrados. O projeto é que seja multipropósito, movimentando contêineres e carga solta. O vencedor do leilão será definido pelo modelo da maior outorga: ganha quem oferecer mais dinheiro pelo direito de construí-lo e operá-lo.
A capacidade vai chegar a 3,5 milhões de TEUs por ano (cada TEU representa um contêiner de 20 pés, ou cerca de 6 metros). Será o maior terminal do tipo no país.
Serão quatro berços (local de atracação do navio para embarque e desembarque). A previsão de investimento nos 25 anos de concessão pode chegar a R$ 40 bilhões.
A avaliação é que não haverá, pelo menos em Santos, o maior porto brasileiro, outra concessão de tal envergadura, principalmente pela falta de espaço na região.
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